domingo, 3 de junho de 2018

PLANO REGIONAL DE EDUCAÇÃO - DISCUSSÃO COLETIVA SOB A LUZ DO PME

Como pauta tínhamos hoje dois temas bastante importantes:

  • Trazermos para o debate um vídeo que foi vinculado no último dia 28 de Maio pela Anistia Internacional em comemoração dos 70 anos da Declaração Internacional dos Direitos Humanos;
  • Discutirmos e construirmos coletivamente nosso Plano Regional de Educação segundo nossa especificidade, tomando como base as Metas do PME.

Como de costume, iniciamos a nossa JEIF com uma Nutrição Estética, como o próprio nome sugere ela tem por objetivo nos nutrir esteticamente, aguçando nossos sentidos, levando-nos a refletirmos do individual para o coletivo. Desse modo, considerando o momento histórico em que vivemos, é primordial trazermos para nossas discussões temas que possam nos levar a reflexão e que sirvam como base para nosso trabalho em sala de aula.

Começamos nossa discussão com a exibição do vídeo da Anistia Internacional: "Manifestação".

Antes da exibição do vídeo, discutimos que os indivíduos que trabalham com Direitos Humanos, invariavelmente são confundidos com pessoas condescendentes, que não impõe ordem e disciplina, no senso comum são vistos como impeditivos no processo de condução da justiça. Mas a história nos prova que foram muitas as conquistas e sabemos que são maiores ainda os desafios em busca de sociedades equânimes.

Geralmente ouvimos discursos do senso comum, "Direitos Humanos pra defender bandidos""Direitos Humanos pra quem?" "Você defende bandido? Queria ver se fosse com um filho seu?" E por aí vai os discursos daqueles que desconhecem a história da necessidade da criação dos Direitos Humanos.



MANIFESTAÇÃO

“que não se exclua ninguém, senão a exclusão''

''Clipe desenvolvido pela Anistia Internacional Brasil para marcar os 57 anos de fundação do movimento e os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.''


Como um momento de Reflexão, solicitamos que ao ouvirem a música do clipe buscassem identificação com alguma frase e depois explicassem, por que causou impacto a frase escolhida?

As identificações foram diversas e a discussão foi profunda:

- "Por todo jovem negro que é caçado pela polícia na periferia";
- "E a morta num aborto clandestino";
- "Por todo povo índio que é expulso da sua terra por um ruralista";
- "Por toda mulher que é vítima de um impulso covarde e violento de um machista";
- "Por todo mendigo roto em cada súplica";
- "Pelo ativista preso de direitos perseguido e pelo policial f... igual quem ele algema".
- "E proclamamos que não se exclua ninguém se não a exclusão";
- "E todo aquele que ninguém mais pensa";

Debatemos sobre como é imensa a faixa dos excluídos e que se essa massa se unisse, seríamos a maioria... 

As professoras Larissa e Maria falaram sobre o número de mulheres que ainda morrem em clínicas de abortos clandestinos e que muitas vezes a morte é tomada por muitos como um "castigo", o machismo muitas vezes apoia suas mortes como: "ela mereceu!"

A professora Adriana, trouxe a questão do povo indígena que é extremamente séria, porém pouco debatida, quase inexistente para muitos, os indígenas são vistos ainda como algo distante de nós, quando muito, relembrados no mês de abril, mas de forma folclórica.

O professor Kasim relembrou sobre o que aprendera sobre os moradores de rua, é comum durante o dia, esbarrarmos com vários deles dormindo pelas ruas da cidade. Certa vez, o professor teve a oportunidade de conversar com um deles e perguntou porque sempre o encontramos dormindo durante o dia, e recebeu a seguinte explicação: "Dormimos durante o dia, porque enquanto a cidade está viva/acordada estamos a salvo, à noite, porém quando a cidade dorme, corremos perigo e precisamos nos manter acordados". Está aí uma coisa que nunca havia pensado...

Os professores Vanderlei e Ricardo falaram sobre os dependentes químicos, sobre as situações precárias em que vivem e debateram pontos de vistas distintos sobre o assunto.

A professora Valéria falou sobre o policial que em situação precária prende aquele que se encontra na mesma situação, além disso, levanta que o debate é ainda maior... o refrão traz
"E proclamamos que não se exclua ninguém se não a exclusão", porém para que isso ocorra, é necessário debatermos a existência de classes e sua manutenção, da onde vem a exclusão? Como ela se mantém?

Na sequência, apresentamos uma prévia do Plano Municipal de Educação e perguntamos como foi debatido com o coletivo no ano de 2016. O grupo disse que foi levado para o grupo de forma breve, então retomamos alguns pontos importantes.


META 1: Ampliação do investimento público em Educação.
META 2: Redução do número de alunos por sala de aula.
META 3: Fomento à qualidade da Educação Básica.
META 4: Valorização do profissional do magistério público.
META 5: Universalização da Educação Infantil.
META 6: Universalização do Ensino Fundamental.
META 7: Estimular a universalização do Ensino Médio.
META 8: Universalização do acesso à Educação Básica para a população com deficiência.
META 9: Educação Integral.
META 10: Superação do analfabetismo e ampliação da escolaridade Média.
META 11: Estímulo à expansão das instituições de educação superior públicas.
META 12: Efetivação da gestão democrática da Educação.
META 13: Elaboração de Planos Regionais de Educação.


Na sequência em grupos de 5 a 6 pessoas : educadores, funcionários, e equipe gestora, todos debatemos sobre as questões e salientamos sobre a importância desse momento, de construirmos nosso Plano Regional a partir das especificidades de nosso território, de nossas necessidades, de nossas realidades e de nosso PPP, objetivando sempre a melhoria da qualidade da educação.

Cada grupo debateu e registrou suas opiniões com base nas metas do PME.
Por: Viviane Moreiras
Coordenadora Pedagógica
Em nome de toda Equipe Gestora










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