quinta-feira, 3 de maio de 2018

AULA PARA ALÉM DA SALAS - SAÍDA PEDAGÓGICA AO HORTO FLORESTAL

Quando falamos que a aprendizagem ocorre por meio de muitas linguagens, estamos querendo dizer que ela ocorre nos mais diversos espaços, e de inúmeras maneiras. Por meio de um Filme, de uma Música, de um Texto, de uma Obra de Arte, de uma Dança, de um Grafite, de uma Saída Pedagógica.

No dia 25 de Abril, a aula foi no Parque Estadual Alberto Löfgren, mais conhecido como Horto Florestal.  Nos possibilitando vivenciar uma experiência única!


Fomos acompanhados por monitores capacitados para nos orientar sobre as diversas possibilidades de contato com a fauna e a flora do parque. 

Embora tivéssemos pré estabelecido o local e o tema da Saída Cultural por conta de estarmos trabalhando Saúde e Meio Ambiente durante o primeiro bimestre e que é um tema que perpassará durante todo o ano letivo, fomos surpreendidos pela beleza e pela quantidade de informações que o parque nos possibilitou entrar em contato. 











   





A exposição “ Que bicho é esse?” montada no Palácio de Verão do parque trouxe um impacto significativo para os nossos alunos. Animais silvestres que foram mortos por circunstâncias aleatórias desde atropelamentos devido a expansão do homem nas áreas que antes eram destinadas aos animais, até conflitos sobre territórios sendo os animais que acabam pagando com a própria vida.
















O objetivo dos pesquisadores era o de trazer realismo na tentativa de sensibilizar os visitantes, e isso realmente aconteceu com nossa turma. Nossos alunos ficaram chocados com o fato de tantos animais serem mortos simplesmente pelo fato de viverem perto demais das áreas urbanas, ou melhor, das áreas urbanas estarem cada vez mais invadindo esses espaços, deixando muitas vezes muitas espécies acuadas, sem terem para onde fugir, ficando vulneráveis a ação, muitas vezes devastadora do homem. 

Um momento emocionante e lindo de ver foi quando muitos de nossos alunos com deficiência tocaram os animais empalhados como se estivessem vivos, era como se eles pudessem receber aquele carinho. 

A experiência nos remeteu ao cuidado que devemos ter com a natureza, que a relação deve ser de coexistência e nunca de dominação e exploração, vimos animais que embora não pudessem oferecer risco para os seres humanos foram mortos. Por conta disso tivemos um momento triste no nosso passeio, mas a temática da exposição direcionava para salientar a importância de sermos bons Mordomos da Natureza. Sim, mordomia deve ser a palavra usada, e ela significa: manejo responsável dos recursos a nós confiados. 

Se fôssemos bons mordomos a Mata Atlântica não estaria reduzida e ameaçada. Se fôssemos bons mordomos a fauna que habita a mata não teria tantos casos de animais mortos de maneira desnecessária. Se fôssemos bons mordomos saberíamos conviver com a natureza, aproveitando seus recursos de forma consciente e sustentável, importando-se com o futuro e com as próximas gerações.

Fomos impactados e agora nos resta multiplicar nossa indignação e fazê-la reverberar em nossas relações, a aula foi de fato para além das salas. 

FEBRE AMARELA


Outro ponto importante que devemos ressaltar é que após meses de interdição devido em uma a ação preventiva contra a febre amarela após macacos que contraíram a doença terem sido encontrados mortos. Segundo Mauricio Brusadin, que é secretário Estadual do Meio Ambiente, “O parque para quem está vacinado é lugar extremamente seguro por isso nós vamos reabrir, acreditamos na conscientização das pessoas”, disse. Ainda segundo ele, todas as famílias de macacos bugios (“alouatta guariba clamitans”) do Parque Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, foram mortos pela febre amarela. Ao todo 67 macacos morreram após contrair o vírus da doença.


Por falta de informação, muita gente, começou a achar que os macacos eram os culpados pela transmissão da doença, e algumas pessoas ainda, começaram a tentar contra a vida desses inocentes animais. 


ATENÇÃO!!!  Os macacos não transmitem o vírus da febre amarela. Pelo contrário. São tão vítimas quanto os humanos. E ainda cumprem uma função importante: ao contraírem o vírus, transmitido em ambientes silvestres por mosquitos do gênero Hemagogo, eles servem de alerta para o surgimento da doença no local. Desse modo, contribuem para que as autoridades sanitárias tomem logo medidas para proteger moradores ou pessoas da região.


No Parque há também o Museu da Madeira que hoje é mantido pelo Instituto Florestal, os monitores propuseram uma dinâmica aos alunos de  tirarem os sapatos para sentirem o local, mas a visibilidade ficou um pouco prejudicada, pois o espaço estava sem luz, apesar da riqueza do ambiente.















O Currículo da Cidade em consonância com o nosso PPP (Projeto Político Pedagógico) traz em suas concepções uma educação inclusiva, integral e equânime... uma aula para além dos muros da escola propicia esse movimento em toda a sua essência. Pois pudemos presenciar em vários momentos o espírito de cooperação, de afeto, do cuidado de um para com o outro: aluno com deficiência se preocupando com o outro, verificando se ninguém tinha ficado para trás, alunos regulares se ajudando e auxiliando a todos pessoas com e sem deficiência, professoras e professores empenhados e dedicados para que todos tirassem o maior proveito daquele momento... 

Encantamento nos olhares de alunos que pouco têm contato com animais, outros que remeteram suas memórias a épocas de suas infâncias. Adolescentes que se arriscaram a subir em árvores, outros que ficaram só na tentativa... Dividimos momentos prazerosos de um pique nique ao lado de amigos, amigas, professoras, professores, coordenadoras... enfim, momentos ímpares que só uma aula para além dos muros é capaz de provocar.

Cirley Pinheiro e Viviane Moreiras
Coordenadoras Pedagógicas



































   



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