CIEJA Santana/ Tucuruvi
REUNIÃO PEDAGÓGICA
Com uma fala inicial da Coordenadora Pedagógica Viviane Moreiras discorrendo sobre a importância que cada integrante da Equipe Escolar tem no processo de aprendizagem, salientando ainda, que todas as funções aqui desempenhadas corroboram com a manutenção da qualidade do atendimento aqui oferecido, iniciamos a Reunião Pedagógica do CIEJA Santana/Tucuruvi no dia 22/06/22.
Considerando os conceitos orientadores da RME, Equidade, Integralidade e Inclusão, propomos um encontro de caráter integrador com todos os funcionários da U.E.
Atualmente vivemos em um contexto histórico complexo, um período de constante tensão nas relações sociais, a cada dia surgem novas demandas relacionadas a saúde, a segurança, a questões climáticas, a crises internacionais e até mesmo crises econômicas severas que desencadeiam tantos outros problemas sociais.
Tudo isso atravessa quem nós somos, a subjetividade humana não tem dado conta das questões do dia a dia.
Com a intenção de promover um pequeno distanciamento dessas questões, propomos que todos escrevessem em um pedaço de papel o que mais os afligia naquele momento, e em seguida incinerassem o registro em um recipiente adequado para evitar acidentes, de modo que, de forma simbólica, pudéssemos expurgar a pressão que todas essas questões exercem sobre nós.
Embora soubéssemos que esses gestos sejam apenas simbólicos, eles parecem ter um poder libertador quando ocorrem em coletividade.
Estes cartazes abordam os aspectos mais recorrentes que causam o acirramento das doenças emocionais da contemporaneidade: falta de diálogo, falta de respeito aos limites de cada pessoa, falta de empatia e por fim, posicionamentos equivocados a respeito de temas controversos da atualidade.
As coordenadoras apresentaram uma caixa de presentes e falaram que esses pequenos gestos agregam e que muitas vezes palavras de afeto podem fazer bem ao outro. Assim, a proposta era a de presentarmos uns aos outros com palavras de amor.
E as falas foram todas no mesmo sentido, a palavra mais mencionada foi acolhimento, a cada oportunidade de se dirigirem uns aos outros com a caixa de presente em mãos, as pessoas se referiam ao sentimento de gratidão que nutriam, por sentirem-se tão bem acolhidas aqui em nossa escola, sentiam também que ao serem acolhidos, poderiam oferecer afeto e acolhimento aos estudantes, e em especial, as pessoas com deficiência que frequentam o CIEJA.
Percebemos que as relações aqui travadas são positivas, que as marcas que carregamos são doces lembranças, sem querer romantizar a realidade, temos plena conciência dos desafios propostos pelas demandas e problemas próprios da educação, porém, temos aqui em nossa escola, um ambiente saudável e agregador.
E em se tratando de saúde, pedimos a todos que pensassem em autocuidado, e também em tempo de qualidade consigo mesmo, duas coisas que negligenciamos com frequência.
A vida tem tido um ritmo frenético e acelerado, as pausas estão cada vez mais raras de se acontecer, pensado nisso, e na saúde do grupo, perguntamos a todos se cada um se permitiria um tempo para o autocuidado e se nos dariam a oportunidade de cuidarmos deles.
Sugerimos que entrassem na sala preparada com luzes de velas, aromatizadores, pétalas de rosas e bacias com água quente para fazerem um escalda pés com sais de banho, tudo isso regado ao som de músicas calmas e relaxantes. Além disso, deixamos um cartaz: “Não há tempo a perder com o tempo perdido”, pois acreditamos que tempos são importantes, mas tempos bem vividos, tempos acolhedores, tempos que nos fazem bem.
Alguns disseram que nunca antes tinham se sentido tão relaxados, outros disseram que o tempo no escalda pés fez com que se sentissem valorizados, outros ainda disseram que pensaram até em recusar o convite, mas agradeciam muito por terem participado de algo tão salutar, principalmente ocorrendo dentro de uma Unidade Educacional.
E por fim, participamos de um delicioso lanche coletivo, onde todas as coisas haviam sido preparadas para agradar o paladar em diversos sabores. Porque o ato de alimentar-se, embora seja inerente ao ser humano, é algo que carrega em si muito significado, partilhar alimentos, nos torna pessoas mais próximas e também tem seu aspecto agregador, partilhar a mesa, nos remete a tempos de infância e de família.
Encerramos assim nossa Reunião Pedagógica buscando acolher a todos os profissionais que dessa Unidade Educacional fazem parte, um olhar sensível para cada um, buscamos dedicar um cuidado em tempos que necessitam de especial atenção a nossa saúde mental e bem estar.
Por: Cirley Mendonça e Viviane Moreiras
Equipe Gestora do CIEJA
22/06/22
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